segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

NOITE IMPASSÍVEL

Noite Impassível
Alheios às horas, meus olhos madrugam Enquanto eu me escoro – por uns minutos Num tempo que não volta e que não vai É como quem ora, sendo mudo A um Deus que se faz de surdo Pra não ser rogado como pai E a noite esvai – impassível Não escuta os ais que profiro No sigilo quebrado em meu olhar Se eu soubesse rezar, faria um pedido Que este silêncio fosse menos dorido E a noite ninasse o meu dormitar Ivone Alves SOL

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