quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Bahia perde Ubiratan de Castro

 


A Bahia perde Ubiratan de Castro

Dizem que as pessoas não morrem, apenas mudam para uma dimensão aonde dão continuidade de forma mais elevada as suas boas ações, ou aprendem a corrigirem seus atos “pecaminosos”. Para mim que sou uma pessoa agnóstica, não tenho nenhuma clareza sobre o que venha a ser a morte, além de nos tirar entes queridos sem nenhuma consideração à sua importância aqui a Terra.
Embora fosse portador de uma doença crônica que o deixava fisicamente frágil, o Professor Ubiratan de Castro dispunha de uma força interior, de tanta vida em suas ações e atitudes, que a notícia de seu falecimento nos deixara profundamente triste e com a sensação de que ainda não era o momento. Não estou entre aqueles que faziam parte do seu dia a dia, mas todas às vezes que o encontrei, foram momentos de aprendizado e de muita afetividade.
Conheci o Professor Bira, como era carinhosamente tratado pelos que o conhecia, quando atuava em Rádio e presidia a ARCOBA (Associação de Rádios Comunitária da Bahia) Desde então passei a admirá-lo pelos seus conhecimentos e, sobretudo, pela sua simplicidade ao lidar com as pessoas de um modo geral.
Na última Bienal do Livro de Salvador, em outubro de 2011, tive a honra de recebe-lo em minha tarde autógrafo. Ele tornara o nosso evento lindo, caloroso, enSOLarado! Solicitou um microfone da organização do evento e passou a declamar poemas do SOLvendo Sentidos, e a me fazer algumas perguntas instigantes. O espaço ficou lotado e o que era uma tarde de autógrafo, tornou-se numa grande festa.
O Professor Ubiratan de Castro fizera por merecer todos os títulos e cargos que recebera dada a sua atuação na literatura e na cultura em Geral. É membro da Academia de Letras da Bahia, Professor renomado, Mestre e Doutor em História pela Université Paris X-Nanterre e Université Paris IV-Sorbonne, respectivamente. Dentre tantos outros relevantes cargos, foi diretor geral da Fundação Pedro Calmon (FPC), ligada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia; Presidente da Fundação Cultural Palmares, com então Ministro da Cultura, Gilberto Gil.

                              Que sua luz continue iluminando àqueles que se dedicam a arte e a cultura!

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